Especial Black Friday: Jogos de Resident Evil para PC

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A Black Friday 2019 está quase chegando e acreditamos que não haja hora melhor para falar sobre este tema tão pedido por vocês. Nós, do Resident Evil Database, sempre recebemos muitas questões sobre os jogos de Resident Evil para computador, como onde e comprar, se é mais ou menos acessível do que as versões de console, melhores hardwares e tudo mais. Queremos, então, com este artigo, resumir um pouco da história dos títulos da série que podem ser encontrados para serem jogados em PC, e mais adiante falar de suas performances e de como escolher um bom hardware, seja desktop ou notebook, para que você possa ter a melhor experiência dentro do custo benefício, aproveitando os descontos da KaBuM! nesta que é a época certa para fazer suas sonhadas comprinhas.

Os games clássicos de Resident Evil, como já se pode imaginar, não tiveram lançamentos simultâneos com os consoles e sempre saíram em intervalos de alguns meses depois para PC. O primeiro jogo, lançado em 22 de Março de 1996 para o Playstation, só saiu para os computadores nos Estados Unidos mais de um ano depois, em 30 de Setembro de 1997, publicado pela Virgin Interactive. Resident Evil 2 sofreu de um atraso semelhante: enquanto o console da Sony recebia o jogo em Janeiro de 1998, para os PCs o jogo só ficou disponível a partir do mês de Fevereiro do ano seguinte, mas a vantagem é que a versão lançada foi baseada no Resident Evil 2 Dual Shock Version, que nos computadores ficou intitulada como Resident Evil 2 Platinum, e com conteúdos a mais do que na primeira versão lançada um ano antes. O lançamento de Resident Evil 3: Nemesis aconteceu no PS1 em Novembro de 1999 nos Estados Unidos, e assim como seus antecessores, aos computadores só foi disponibilizado o jogo um ano depois, em Novembro de 2000, mas com roupas extras e exclusivas para a protagonista Jill Valentine.

Resident Evil para PC, publicado pela Virgin Interactive.

Infelizmente, esta trilogia clássica não é nativamente compatível com os sistemas operacionais atuais. Eles até rodam em máquinas mais modernas, mas sempre em modo de compatibilidade com sistemas anteriores e, por que não dizer, com algumas gambiarras. E não é de hoje que a comunidade, tanto a brasileira quanto a internacional, suplicam à Capcom para que estes títulos sejam relançados para os computadores, através da Steam, de modo a facilitar o acesso, talvez em um pacote contendo os três jogos ou até mesmo cada um separadamente a valores módicos, mas a verdade é que os fãs nunca foram ouvidos sobre esta questão. Em minha humilde opinião, honestamente, eu realmente não consigo entender como eles ainda não relançaram estes títulos clássicos para os PCs. Seria uma estratégia de deixá-los cair no esquecimento, nesta onda de Remakes e reimaginações? Acho que esta é uma questão para outro artigo num futuro próximo. De qualquer forma, no Japão, Biohazard 2 e Biohazard 3 receberam versões com gráficos um pouco mais polidos, uma espécie de “remasterização” entre muitas aspas, pela empresa Sourcenext. O problema é a dificuldade de encontrar estes jogos originais para compra, ou seja, não são tão acessíveis.

Alguns jogos de Resident Evil nunca chegaram aos PCs. É o caso de Resident Evil CODE: Veronica, os multiplayers Outbreak e Outbreak File #2, The Umbrella Chronicles e The Darkside Chronicles entre outros. A exceção bizarra foi o Resident Evil Survivor que, com o título oriental de Biohazard: Gun Survivor, chegou a ter uma versão de PC na China, considerada raríssima e de difícil acesso aos colecionadores mais radicais. Resident Evil 4, aquele que um dia foi um jogo exclusivo do Gamecube (pausas para risos com respeito) e que posteriormente saiu até para o Zeebo da TecToy, retomou os lançamentos dos jogos da série para os PCs, tendo sua primeira versão publicada pela Ubisoft em Maio de 2007, mais de dois anos depois de sair para o console da Nintendo, porém com os mesmos conteúdos da versão Playstation 2, o que inclui o modo Separate Ways, que é o lado B do jogo pela perspectiva de Ada Wong. Seguindo os padrões da versão de PS2, que é considerada bastante inferior em comparação com a original, sua otimização não é das melhores e a parte gráfica acabou ficando datada muito rapidamente, o que fez com que a Capcom relançasse para as plataformas digitais, como a Steam, em 2014, intitulada de Resident Evil 4 Ultimate HD Edition. É possível dizer que Resident Evil 4 é o título mais popular da franquia, sim ou com certeza? Não há dúvidas do amor da comunidade gamer por este jogo, tanto é que fãs vêm trabalhando em um pack não-oficial de melhorias gráficas para as texturas desta última versão em HD, de forma a melhorar o que já está bom!

Seria esta a melhor versão de Resident Evil 4 já criada?

Resident Evil 5 e Resident Evil 6 também receberam versões para os computadores, e os intervalos dos lançamentos entre consoles e PCs foram diminuindo a partir destes títulos. RE5, o jogo mais vendido da série atualmente e que, por muitos anos, foi o jogo mais vendido da Capcom, tendo sido desbancado somente por Monster Hunter World em 2017, foi originalmente lançado para Playstation 3 e Xbox 360 em Março de 2009 após uma das melhores campanhas de marketing que a indústria dos videogames já viu, enquanto a versão de PC se tornou disponível em Setembro do mesmo ano. Contudo, a versão Gold Edition, com conteúdos adicionais, que nos consoles chegou em Março de 2010, só foi parar nos computadores de uma forma acessível e bem otimizada em 2015! Quanto a Resident Evil 6, ele estreou no PS3 e no 360 em Outubro de 2012, e os PCs receberam uma versão para chamar de sua em Março do ano seguinte, ou seja, um intervalo bem menor. 

Foi a partir de 2012 que os jogos da franquia começaram a chegar aos computadores em lançamento simultâneo com os consoles. O primeiro caso foi o do spin-off Operation Raccoon City, multiplayer desenvolvido pela Slant Six Games, sendo disponibilizado para todas as plataformas na mesma data, e seguido pelo também spin-off Resident Evil Revelations, originalmente exclusivo para o portátil Nintendo 3DS em Fevereiro de 2012 e posteriormente disponibilizado para os consoles domésticos e PCs em Maio de 2013. Sua “sequência”, Resident Evil Revelations 2, que foi primeiramente lançado somente em versão digital, por se tratar de um jogo com estrutura episódica (num total de 4 capítulos), manteve este padrão, assim como as remasterizações dos títulos outrora também exclusivos do Gamecube, Resident Evil (Remake) e Resident Evil Zero (RE0), que ganharam versões com o subtítulo HD Remaster e tiveram lançamentos simultâneos com as de consoles.

Estas duas obras-primas foram exclusivas da Nintendo por muito tempo!

Os títulos mais atuais, Resident Evil 7 e Resident Evil 2 Remake (ou releitura, ou reimaginação, enfim… você, leitor, fica livre para escolher a melhor forma de nomear a proposta do jogo para evitarmos polêmicas desnecessárias) não só mantiveram a estrutura de lançamentos simultâneos com os consoles como são consideradas as melhores versões pelos fãs, devido aos gráficos ultra-realísticos riquíssimos em detalhes da RE Engine, que é o motor gráfico atual da Capcom, e o custo benefício em relação aos valores dos consoles, que são bem mais caros do que os de PC, com uma diferença de cerca de 50% entre os valores. O mais interessante é que, apesar da potência gráfica elevada, estes dois jogos acabam parecendo bem mais leves do que de jogos anteriores, como Resident Evil 4, por exemplo, por conta da otimização e da versatilidade da RE Engine.

E agora que você entendeu um pouco mais do histórico dos lançamentos dos jogos de Resident Evil para os computadores, podemos começar a falar sobre o que vocês sempre perguntam: como escolher o melhor hardware para ter uma boa experiência no curto e médio prazo? Não há época melhor para dar dicas de boas máquinas para jogar do que a Black Friday, então vamos lá! Apesar de parecer bastante óbvio, as configurações recomendadas dos títulos não só devem ser respeitadas como priorizadas na hora de escolher o melhor PC para ter uma boa experiência. Tanto para desktops quanto para laptops, um SSD de 128GB faz toda a diferença na hora de rodar os jogos, e opte por sempre instalar jogos multiplayer no SSD, e não no disco físico, para uma resposta muito mais rápida na jogatina. Para jogos single player, como as remasterizações de Resident Evil (Remake) e Resident Evil Zero, é interessante focar mais na placa de vídeo para aproveitar ao máximo as melhorias nas texturas. Alguns notebook gamers já possuem ótimas placas de vídeo integradas com uma vida útil bastante interessante.

Qual é o melhor notebook gamer? Um que tenha SSD, claro!

Uma vantagem dos consoles sobre os PCs para quem está entrando no mundo dos “master race” (ou não!) é poder jogar com o controle, mas hoje, apesar dos jogos estarem adaptados para os controles de Xbox, há softwares bem acessíveis e leves que te permitem utilizar o controle Dual Shock de Playstation 4, assim você não precisa ter tanta pressa em comprar um controle da Microsoft. Também é interessante utilizar modos como o “big picture” da Steam, que deixam a interface mais amigável e parecida com a dos consoles, especialmente na fase de adaptação, ou até mesmo investir futuramente em um Steam Link, que te permite ligar seu jogo de PC remotamente em uma TV em outro cômodo da casa. Os computadores têm maiores vantagens sobre os consoles na questão multiplayer, é claro, principalmente na interação. Softwares como Discord e Team Speak são mais facilmente utilizados simultaneamente com os jogos de PC do que nos videogames, por exemplo.

Sobre os jogos clássicos, como dissemos, infelizmente nem todos eles são compatíveis com os sistemas operacionais mais atuais, mas o uso de emuladores é legal e permitido para quem possui os jogos originais nos consoles. Alguns fãs se dedicam inclusive a criar dublagens e localizações em nosso idioma para estes títulos mais antigos, o que torna a experiência muito mais acessível e divertida, além de engajar muito mais a comunidade por estas criações sem fins lucrativos.

Mod troca o Mr.X por Nemesis em Resident Evil 2 Remake!

E já que falamos sobre os trabalhos de fãs dedicados e apaixonados, outro atrativo que chama atenção até mesmo da mídia nacional e internacional são as intermináveis e inusitadas modificações dentro dos jogos. Em Resident Evil 2 Remake, o Mr. X (ou Tirano) roubou a cena perseguindo os protagonistas Leon S. Kennedy e Claire Redfield, e graças aos “mods”, como são popularmente conhecidas estas modificações, pudemos diminuir a tensão dando boas risadas ao substituir o gigantesco homem de sobretudo e chapéu pelo Trenzinho Thomas ou até por um fofíssimo Pikachu. Para se ter uma ideia do mundo de possibilidades que as modificações te permitem, tem uma que até coloca o Nemesis T-Type no lugar do Mr. X e Jill no lugar de Claire, com direito à música tensa do perseguidor da ex-S.T.A.R.S. toda vez que o maldito está por perto! Portanto, se você está ansioso por um Remake (ou reimaginação, ou releitura… enfim, já falamos sobre isso!) de Resident Evil 3 em um futuro próximo (ou não, só a Capcom pode nos dizer!), este tipo de experiência nostálgica só mesmo os computadores podem oferecer a você.

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